E como te esquecer, se és qual botão de rosa, desabrochando sua essência, no meu coração, em doces olores, e suas cores.
Como te esquecer, quando das estrelas és a sua resplandecência, e os teus olhos vêm com a lua, clarear a minha imensa saudade.
Como te esquecer, pois que te assemelhas a um pássaro louco, voando pelos céus, que fizeste estrada, desenhando mil filigranas.
E como te esquecer, se do amor, fluíram as águas, à beira de um rio, onde tantas as vezes descansamos, os nossos segredos, mais belos.
Como te esquecer, quando das mariposas, recebias a clarividência, das manhãs primeiras e absolutas, e tu vinhas para mim, resoluta.
Como te esquecer, digo e afirmo-o, se eras o meu jardim, que de tão florido, fazia com que os dias fossem assim, felizes e plenos de emoção.
Como te esquecer, se eras o meu porto seguro, e a todo o instante, sulcavas as águas, num barco que se fizesse, para me deixares tua graça.
Ah, como te esquecer, ó minha musa enternecedora, que faz com que meus poemas nasçam livremente, para serem nos outros o pão do dia!
Raia alto, o sol, na imensidão do céu… abrem-se as flores em harmonia… e por mais que o mundo teime aqui, esquecida não serás, por minha honra.
Jorge Humberto 23/09/11
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