No alto céu, nuvens espumosas, desenham lindas figuras, e a horizonte barcos sulcam as águas, numa tranquilidade de braços.
Por escrever e só por isso as coisas existem e se concretizam, a meus olhos. E o rio corre tranquilo, para onde as marés o levam.
Até onde eu alcanço, o distinto rio, tem nas orlas das margens, um serenar azul, que vai nos azuis dos azuis, que se espraiam,
até influírem, com as águas indómitas do mar. Existindo porque são, mar e rio confluem, em linhas paralelas, e por julgar, vislumbro um verde,
misturando-se com os azuis, que da minha janela eu vejo, como um belo quadro, que agora eu tento reproduzir, em versos singelos. E onde as águas se encontram, montes (a meu ver sempre verdejantes), sobressaem, no mais alto de si mesmo, e como num eco, que tem tanto
de visual (ainda que distante), como de pressuposto, chegam até mim, e por imaginar, frondosas árvores, crescem livremente, no intuito do sol.
E deste modo, numa tarde que discorre sem pressas, coube ao poeta, a finalidade, de levar aos seus leitores, um pouco de sua beleza, transcendental.
Jorge Humberto 26/09/10
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