Lembranças, que por mim, não serão nunca aqui esquecidas, são como flores, que tomo em minhas mãos, segurando-as na suavidade de minha
pele. Quem ama não olvida o ser querido, e a certeza é tão maior, quanto há um bem-querer, resoluto e partilhado, entre dois seres, que se respeitam.
E na recordação, a haver, relembro as linhas de teu rosto, como se águas, ou doces filigranas, enfeitando-te assim; realçando tudo o que é graça e vida,
numa mulher. Lembranças não morrem, são como páginas de um livro, com que abrimos, quando a saudade se achega, indo se aconchegar no nosso colo.
E é lá que as devemos preservar e acarinhar, fixando o nosso olhar no horizonte, onde mar e distinto rio confluem, e tornam-se numa só e exclusiva existência.
Jorge Humberto 28/09/11
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