Nas árvores frondosas, deixo meu sorriso, por vê-las crescer, entre galhos e folhas, em perfeita harmonia, com a mãe-natureza.
Crescem tanto, tanto que alcançam, o tremeluzente azul do céu, ébrio de éter, e de cores inebriantes, que enfeitam a dúctil paisagem.
Resplandecem os jardins, engalanados de mil flores, abrindo-se ao sol, rejuvenescedor, com suas corolas, emitindo doces fragrâncias.
E borboletas e outros insectos inúmeros, não resistindo ao doce apelo, rodopiam e ziguezagueiam, para cá e para lá, de flor em flor, a mais bonita.
Pássaros se juntam, colhendo as sementes caídas, e é vê-los saltitar, de um lado para o outro, em seus corpos pequeninos, plenos de vida e de asas inquietas.
E eu, de minha janela, a tudo me ofereço, na beleza que me é dada ver, na respiração tranquila, de todas as coisas, que existem para ser, em si mesmas.
E antes que dê por findo este meu poema, lanço um último olhar ao Tejo, que corre tranquilo, em suas águas brilhantes, parecendo-se a cavalos, em liberdade.
Jorge Humberto 02/10/11
|