Filigranas, embutidas em meus olhos, fazem-me ver a beleza, de um rio, que vaga lentamente, sendo levado pelas águas vivas.
Por entre seixos e verdes algas, serpenteia, desviando-se dos naturais obstáculos, até chegar a uma pequena foz, junto a um
lago, onde se passeiam lindos e esbeltos cisnes, e mais algumas aves, que ali fazem o seu poiso, por entre águas límpidas, puras.
Um pouco mais afastado, está o meu amor, colhendo de mil flores, as mais silvestres, que se acham, junto às margens, do rio passante.
E vendo-o aproximar-se de mim, com lindos arranjos florais, que a terra fértil, tem para nos oferecer, vou ao seu encontro, com braços,
de desejada comoção. Chegando (respiração tranquila e sorriso nos lábios), com apreço, estendes-me, em mãos, os lindos malmequeres. Felizes, debaixo de um céu imenso, um alegre beijo, dá-se por havido, e caminhando, pela orla deste rio, somos todo este universo, em nós.
Jorge Humberto 04/10/11
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