
À Deriva no Mar
Data 07/10/2011 15:48:44 | Tópico: Poemas
| Deitado na jangada. Vou sendo levado. Balançando nas ondas à deriva na corrente oceânica.
A corrente vai levando. minhas esperanças deixando, quanto mais chego ao alto-mar. Estou a deriva.
Diviso ao longe poucas nuvens, só muito sol e muito mar. raramente bate uma brisa, pra amainar.
Faz dias que estou à deriva. meu barco de pesca, jaz no mar. Eramos seis, dos quais os cinco não os encontrei quando acordei.
Nos destroços eu busquei, uma jangada montei um pouco de água algumas roupas, achei,
Alcancei um ilha deserta enchi, uma reserva com água. colhi umas frutas, e pesquei alguns peixes e limpei.
Espero que chova. Pois a água potável é pouca. e o que consegui pescar. está no varal improvisado, secando.
Ao mar logo voltei, Ali não podia ficar. era tão distante de tudo. Ali, jamais iriam me achar.
Perdi a conta dos dias, das noite também. Não sei, quanto naveguei, nas correntes do mar.
Durante o dia era o sol, batendo inclemente, a noite era o vento, o frio e uma imensa escuridão.
Estava a perder a esperança. e na minha insegurança. Pedi a Deus clemência. Pra não desistir de vez.
Adormeço exausto, desalentado e desnutrido. Adormeci sem querer acordar. ouvi um barulho, afinal.
Senti alguém me acordar. alguns braços me carregar. Eram alguns tripulantes de um navio mercante.
Foi o socorro que chegou. Um navio me localizou, um capitão olhando no horizonte, descobriu minha jangada errante.
Estou fraco, cansado. Chegamos a praia e desço num escaler Na praia muitos amigos.
Me recebem com alegria. Logo atrás, estão os cinco que logo foram resgatados, só eu fiquei à deriva.
Nas ondas daquele mar. Aprendi minha lição. Jamais desistir, desanimar. pois só, Deus, nos pode salvar.
Estando em Terra ao além Mar. Vivendo em qualquer lugar. Tudo Ele fará. Aquele que o invocar.
Fadinha de Luz.
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