Meus versos singelos, são como um leve bater de asas, que vão no azul do azul, até alcançarem seu poiso, repouso desejado.
Como águas mansas, de um belo rio, vão discorrendo pelas suas margens, sem conflitos nem atritos, que pela palavra, influem mar
adentro, procurando novas distâncias. E nos campos abertos, com delicadeza, às flores emprestam as cores, a nossos olhos rendidas.
E pela brisa, que vem com o entardecer, meus versos são os inversos das folhas, que vão de árvore em árvore, mostrando o seu dúctil reverso.
Tal qual um jardim, assim meus versos, crescendo naturalmente, no chão, que os sustentam, pétala a pétala, na prata explosão, que os nutre.
E sem artifícios, que não o de criar poesia, em toda a sua tamanha pureza, meus versos são todo este meu povo, para quem escrever… devo.
Jorge Humberto 07/10/11
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