Não sigo regras algumas, quando me ponho a escrever; e deixo que sejam meus pensamentos e minhas emoções, o golpe de asa, com que me narro.
Não sei quantas almas tenho, pois tanto sou amor como introspecção; sou tal qual um barco vazio, remando ao acaso, numa ânsia, de mar aberto.
Da natureza sou o seu máximo esplendor; dos amigos, a consideração; e se não sei de mim, busco os caminhos, que percorri, como num fluir de águas,
procurando a sua foz. Cerco-me então de flores, que eu colho nos jardins; e por entre coloridos tais e fragrâncias mil, sou aquele, que, por afecto, aos
outros se dá. E se pelo cansaço me venço, o fruto, que vou colhendo, é todo ele um sol, nascendo para lá do horizonte, na busca da manhã primeira – sua luz.
E assim, faço da humildade, a minha estrada, sem algozes nem rancores, que meu ser, nasceu para sonhar e para amar, numa modéstia, que rege meus passos.
Jorge Humberto 08/10/11
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