Passando pela brandura das águas, do rio, que é desta minha terra, pelo sol açoitadas, lindas estrelas se desenhavam, cintilando.
Como numa linha paralela, íamos lado a lado, junto às margens, que, como braços, acolhedores, as cingiam, numa fluência tranquila.
Na língua de terra, adjacente, belas flores silvestres, lá cresciam, junto à moita de caniços, onde nascem os ninhos, da abundante passarada.
Empolgado, fiz deste, o meu caminho matinal, percorrendo o ditoso rio, de uma foz à outra, deslumbrando-me com os belos barcos, aí descansando.
Por influência, dos raios solares, o azul das águas, tinham prata a adorná-las, que se perdiam, para lá do horizonte, até onde os meus olhos,
alcançando, belas cores e fragrâncias, retinham, como se de um quadro pungente, que ali fizera seu poiso, derradeiro e comovente, deixando-me, assaz, extasiado.
Jorge Humberto 11/10/11
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