Amaldiçoou-se a si mesma!

Data 19/10/2007 15:29:38 | Tópico: Poemas

A chuva não parava
Dia após noite
As colinas do tempo
Alongaram as suas lágrimas
Imersas em nevoeiro
Humidade da alma

O coração escondia a lama
Até à altura da mente
Embrulhada em capa de passados
Num xaile pesado de mágoas

Sentia os dedos dormentes
E vagarosos
Ao manusear o sobressalto
Que lhe caía das mãos frias

Um Universo paralelo
A colinas celtas
Misteriosa ilha dos segredos da alma
Guardiões de grandes histórias
Eternas e sagradas
Na trama de silêncios e traições


E amaldiçoou-se a si mesma!

Manuela Fonseca





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