
A GUERRA DO BOTÃO
Data 14/10/2011 09:47:39 | Tópico: Textos -> Surrealistas
| O dia estava lindo, o Sol brilhava por todos os poros, perdão, Polos que não são que dois, que eu saiba. No prado da poesia, aproveitando esse lindo dia, um botão passeava tranquilamente e de repente alguém se apercebeu que esse botão existia e a tranquilidade acabou. Todas as pessoas e alguns animais, queriam o botão e passou a haver a guerra dos botões, ( não quero plagiar o titulo do filme com o mesmo nome). Aquele prado da poesia era imenso e para o conservarem em bom estado de produção, alguém se lembrou de fazer uma sociedade anónima de irresponsabilidade ilimitada. Quando a guerra do botão começou, alguns dos associados não gostaram que um botão passeasse no prado e desse origem a uma guerra tanto ou quanto absurda. Uma guerra por causa de um botão? Exclamou um dos sócios. Mas até onde chegou a mentalidade dos homens? Ainda se o botão fosse uma botoa, quero dizer, uma fêmea, até se podia compreender, mas um botão? Até onde vai esta sociedade!
Na orla da floresta estavam muitos animaizinhos escondidos a ver aquela guerra de trazer por casa. Alguns riam a bom rir, eram os filhotes, os traquinas que mais riam com aquela guerra, já os pais, não gostavam de ver aquele mau exemplo dado pelo bicho homem e faziam umas caretas levadas dos diabos e começavam a se enervar. -Não, Isto não é possível! Disse o velho veado, uma guerra no nosso prado onde sempre desejámos passear e viver em paz, não! -Então que fazer? Perguntou a gazela. -O que vamos fazer, o que vamos fazer... reflectia o veado afagando com uma pata os seus lindos cornos. -O melhor é conseguir ir buscar o botão sem que o bicho homem se aperceba, mas com a nossa corpulência... -Eu vou lá, disse uma toupeira. -Tu não podes ir, tu não vês nem um boi, como queres tu ver um botão? Disse o javali. -Eu vou e ninguém dá por ela, disse o porco de espinho, perdão, o porco espinho. Como sou pequeno, ninguém dá por mim e em chegando ao local rolo-me sobre o botão e adeus meus amigos, ma nada! Todos estiveram de acordo e o porco espinho lá foi fazer o seu trabalho e como ele previu, ninguém o viu chegar, rolou sobre o botão, este ficou nos picos do animal e assim o botão foi levado para a floresta. Quando os associados deram por ela, já era tarde, do botão, nem sombra e logo ali se instalou outra guerra. -Vamos á procura do botão, disse um dos associados. -Não dizia outro. -Sim disse um terceiro. Sim, não, não, sim não, e ainda hoje lá estão a se guerra porque uns querem o botão e outros não.
Enfim... coisas dos homens!
A. da fonseca
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