Rumo sem distância

Data 17/10/2011 01:29:59 | Tópico: Poemas

Raspa-se sem direcção
A coerência fisgada
Nos lampejos da memória

Inconstâncias do porvir
No percalço duma razão
Sem outro qualquer motivo

Não há distante tão perto
No caminho concentrado
E na atitude proposta

Restam as vias modestas
Desconexas de outras lides
Avaliadas em conformidade

Esfregam os olhos sonolentos
Pelo cansaço da faina
Daquele razoável decurso

Outrora seria diferente
E a distância também outra
Pelas cruzes alinhavadas

Hoje sobram mistelas
Desenquadradas da doença
Que a distância urge apagar

Basta um simples sinal
Entre as brumas da manhã
Para logo nos despistar


António MR Martins



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