
Não consigo secar o desejo que possuo por ti
Data 18/10/2011 14:37:17 | Tópico: Poemas
| Não consigo largar o prazer que contigo tenho, meu caro. Não o prazer libidinoso, aquele que sinto quando me tocas, dia algum mo poderias dar, não te acuso e não o desejo. O gozo que me dás é aquele que me mata aos poucos e primorosamente, foi a tarefa que te outorgaram, apagar enquanto dás satisfação. Também tu morres, cometes o suicídio ao deleitares-me com o teu prazer, mas tens idênticos, que consolarão o desejo, não chegando sequer, a sofrer a falta que tu, que não és exclusivo, me fazes. Estimava largar esse vício de ti, o vício de te sentir nos lábios, apenas como tu e os teus comparáveis sabem fazer. Não é um beijo, essa realidade intensa e repleta de afecção, não se encaixa neste prazer, o beijo não mata, mas de igual forma vicia. O que sinto enquanto me atestas é desacertado, é suicídio, mas requintado, altamente depravado e chocante. É o prazer que se compra, que se acha, que se furta, que se pedincha, é o prazer de bolso, que me encarde as vísceras, até me curar ou definhar… Não consigo abandonar o vício de ti, meu apreciado, que tão dificilmente, mas realizável seria de soltar. Prazer que tem tamanha mão sobre mim, que me entrava de o repudiar. Não consigo secar o desejo que possuo por ti. 9 de Março de 2011
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