A arte de bem cavalgar toda a sela

Data 22/10/2011 20:48:16 | Tópico: Poemas


Não serei poeta,
no que te disser ao ouvido,
nem te vou pôr flores no cabelo,
não te decorarei de jasmim
só para rimar com alecrim.
Ravel ficará mudo
no compasso que te darei
no rufar do bolero.
Numa dança suada
de pele contra pele,
de palavras sussurradas
no paroxismo das sensações.
Seios soltos,
ancas despidas em duelo de raça,
teus cabelos crina
de égua em disparada.
Estribo-me na tua sela
em cavalgada ritmada
e deixo que os murmúrios
embatam no eco do meu cerne.
Que despudorada, me acolhas
nos flancos que te descubro
ao longo da jornada
da noite que me expões.




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