Adormentar Amolentado

Data 24/10/2011 21:15:14 | Tópico: Poemas


Adormentar Amolentado

O silêncio interpenetra
O anacoreta carrilhão
De badaladas insólitas

A lua, presilha da noite
Mitiga sombras
Por sob os postes

Há um lumbago no ar,
Um agudo inexplicável
De insustentáveis tonteiras

Olhos cativam linhas negras
: Quão mais errantes,
Mais a visão se amorrinha

O mundo aluziado se esconde
Pois só o anil da manhã
Arabesca horizontes...

O tempo se desprende
Em quandos sem ondes
Do nada, se desentende

A mente me desaprende
Do ontem, do hoje...
Desperto no sonho que pende

Gê Muniz




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=203414