
há dias, assim-assim
Data 30/10/2011 21:00:04 | Tópico: Poemas
| Um dia assim-assim, outro mais ou menos numa mediania medida entre o tédio e a monotonia, num esfregar da micose que resvala para o cotovelo, no paradoxo da bílis que se substitui aos pulmões, e abraça o pâncreas destilando a molenga num baço cansado.
Um dia assim-assim, outro mais ou menos nessa modorra viral que encerra o pensar, bloqueia o ser e arriba o desanimo, numa treta de pontos sem vírgulas, só reticências e plumas no ar, num desvio sentido, sem tino e sem nexo.
É sempre sem mais nem menos que o vejo a chegar, esse dia assim-assim num desatino de doer, num doer de sentir, esse sentir insensível
à dor de ver o dia assim chegar.
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