Enquanto olha a pequena claridade que arrebenta as nuvens escuras, pensa mais uma vez nos pequenos ultrajes, nas coisas indignas, nas consequências limitantes da chuva.
Não sabe ainda o que deve fazer, não sabe nada de respostas. Sente-se um pouco estranha, sente-se doente e fraca para combater as palavras. Nunca soube muito bem como bater sem as mãos.
As portas estão fechadas e não há nada para lamentar. Os erros cometidos são apenas os erros. Não há perdão, não há futuro, quando os pés estão perto do precipício.
De tudo, resta apenas a certeza do início, a possibilidade da luz, a volta por cima, o amor-próprio como alento, o tempo daqui pra frente.