Tempestade

Data 04/11/2011 11:37:23 | Tópico: Poemas


Ar húmido, denso
Céu escuro
Pincelado de tons pardos
Agudiza a minha mente

(Espírito dominado pelas trevas
Convoca a memória ausente)


Mundo desconhecido
E incapaz
Onde definha o pensamento
Nesse inferno perdido

Encruzilhada sem saída
Parafernália de emoções
Que se querem libertar
Mas o corpo não reage
Os dedos não os sinto
As pernas paralisam
A voz não sai

(Mar de sensações
E um corpo em plena dor
Sente a chaga do amor)


Navega como um junco
Que tombou
E naufragou
Em noite de tempestade visceral
Na foz de um rio qualquer

Um bailado de encontros
Com um mar revolto
De almas sem norte
E corroído pelo tempo
Desfaz-se em pó



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