EIS-ME A QUEM SOU

Data 07/11/2011 18:43:04 | Tópico: Poemas -> Introspecção




E dão-me azul, aos olhos, as águas,
que no rio vão; brancos, os cabelos,
das espumosas ondas, que no mar
se espraiam; pele suave, das dunas

o acerto, esbatidas pelo brando sol.
E são de sal, estas minhas mãos,
que já correram oceanos, a se perder
de vista: o sangue que delas emana.

E meu caminhar silente, como a uma
brisa, é das árvores, sua essência;
meus braços, uma corda de músculos,
na firmeza das heras, mais antigas.

Na alma invicta, ora o sol, ora a lua;
do pensamento a destreza, sem fim;
e se pela emoção me dou, amor
irrestrito, que vai de mim, para os outros.

E na orla de meu peito, coração em
debandada, como crinas de cavalos,
estendendo-se nas verdejantes
planícies, que são todo este meu ser.

Jorge Humberto
05/11/11



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