E dão-me azul, aos olhos, as águas, que no rio vão; brancos, os cabelos, das espumosas ondas, que no mar se espraiam; pele suave, das dunas
o acerto, esbatidas pelo brando sol. E são de sal, estas minhas mãos, que já correram oceanos, a se perder de vista: o sangue que delas emana.
E meu caminhar silente, como a uma brisa, é das árvores, sua essência; meus braços, uma corda de músculos, na firmeza das heras, mais antigas. Na alma invicta, ora o sol, ora a lua; do pensamento a destreza, sem fim; e se pela emoção me dou, amor irrestrito, que vai de mim, para os outros.
E na orla de meu peito, coração em debandada, como crinas de cavalos, estendendo-se nas verdejantes planícies, que são todo este meu ser.
Jorge Humberto 05/11/11
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