Nestes dias de escuridão atroz, onde não tens estado em mim, muito tenho pensado em nós, enquanto olho o pequeno jardim,
que circunda a minha janela. São cravos, orquídeas e jasmim, afoitos, pla colorida bambinela, que me dão o fiel retrato de ti…
E assim, em uma folha de papel vazia, relembro bem teus olhos, parecidos que são com o doce mel, ou às flores, colhidas aos molhos.
São dias e noites, de imensa tristeza, onde o tempo teima em passar, sendo que em mim reside a certeza, deste bem-querer, querer-te amar.
E em versos, desenhando teu rosto, com as nuvens, por companhia, são de filigranas e adocicado mosto, recordar-te, como num golpe de magia.
Tudo isto para te narrar a falta de ti, a quem te ama em grata liberdade, porque só uma palavra, cabe aqui, e se chama: eterna a saudade.
Jorge Humberto 07/11/11
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