Sempre te espero

Data 11/11/2011 12:12:16 | Tópico: Poemas

Te espero
Com todo o alcance
No lume do desencontro
Neste trémulo repúdio
Por entre tanta sorte
Onde tudo se desespera

Te espero
Por entre as brumas
E as réstias de tanto sumiço
Em cada ressalva
Dos muitos errantes lapsos
Negligentemente cometidos

Te espero
No amuo do discordar
Entre a teimosia alternada
Nas várias opiniões
Sábias ou desconformes
Perdidas no espaço do tempo

Te espero
Na rude aflição
E na acalmia que já demora
Até à chegada da hora
Do carinhoso segredar
Em cada escondida madrugada

Te espero
No simples sentido norte
Onde se ostentam memórias
Ou na singela razão
De cada sofrido sul
E no aglutinar de suas histórias

Te espero
Com a mesma serenidade
Até ao ínfimo instante
Com o duradoiro sentimento
De te amar como gente
Para todo o nosso sempre

António MR Martins

2011.11.11



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