No meu caminho, ladeado por árvores, que mostram, todo o esplendor do Outono, acabado de chegar, para nos surpreender, com a beleza, que lhes
cinge os troncos milenares e fecundos, silenciosamente e de mãos nos bolsos, sigo os meus passos, pensativo, no reencontro com a Mãe Natureza.
Há, em cada folha caída, uma nostalgia, invadindo os meus sentidos, que procuram, nos matizes acastanhados, qual o significado, de serem dessa cor
e não, de uma outra qualquer, a haver. A cada coisa sua génese e essência, e dessa realidade, não posso fugir, apenas desfrutar, do que existe, para ser.
Tudo tem seu sentido e característica bem definida, assim como o céu ser azul, e o imenso mar, que ao longe se encontra, realizando aquilo, pelo qual foi vontade,
de um Universo em ebulição, criando, passo a passo, tudo o que meu olhar alcança. E é esse haver uma realidade, totalmente concreta, que me diz, do porquê das coisas.
E então compreendo, que a vida, a Natureza, agem por inteira sinceridade, com seus predicados e originalidades, que a mim, me encantam, como parte, de um todo.
Jorge Humberto 15/11/11
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