CAEM SOBRE MIM TANTAS LEMBRANÇAS - Poema reeditado

Data 20/11/2011 15:13:32 | Tópico: Poemas -> Saudade












CAEM SOBRE MIM TANTAS LEMBRANÇAS


Hoje o Sol mudou de janela
E meu destino se esqueceu de urdir
Em meu peito pôs uma cancela
Para o coração de lá não fugir.
A tarde partiu tristonha
Deixou meu peito a gemer
Passam horas e se a gente não sonha?!
Nem mais o Sol vai ver nascer.

Emaranha-se na saudade a dor
Bruscamente cresce a solidão
E passa o tempo que é devorador
Que tudo destroça e leva p'la mão.

Mas eu sigo confiante,
Levo no peito uma força que nem sei!
Às vezes caminho um pouco errante
E a força fui talvez eu que a inventei.
Já se anuncia a morte do dia
O Sol varreu todo o horizonte
Deixa meu coração abatido de nostalgia
E deita-se na janela ali defronte
Chega a saudade de coisas perdidas
Dos olhos me cai uma lágrima represada
Na memória há coisas já esquecidas
E no rosto lê-se a idade que é já demasiada.

A tarde é agora de mel e canela
Despede-se de mim tal qual como a vida
Enquanto o Sol adormecendo muda de janela
O destino, vai urdindo a despedida.


natalia nuno
rosafogo

Coloquei este poema no «site lerepensar» e foi considerado o poema da semana, coloco aqui de novo, dado ter sido um dos primeiros que aqui postei no Luso há muito.





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