PÉS DESCALÇOS, LIVRES DA PRISÃO,
PODERIAM SENTIR ATÉ A UMIDADE DO CHÃO...

AS MENINAS ACABAVAM DE COLHER AS FLORES DO JARDIM.
CONVERSAVAM ANIMADAS,
O VENTO BATIA LEVEMENTE
NAS SUAS SAIAS...
OS CABELOS LEVANTAVAM,
DANDO UM TOQUE ESPECIAL:
QUASE OUTONAL...

PÉS DESCALÇOS, LIVRES
ASSIM COMO ELAS,
NA DOCE ETAPA DA VIDA, QUE VIVIAM...
O DESTINO? NINGUÉM SABIA!
SÓ A DEUS ISSO CABIA...

ESPERANÇA DE QUANDO ADULTAS ESTIVEREM
HAJA UM MUNDO MELHOR
QUE SE POSSA ANDAR ASSIM, COMO ELAS AGORA...
LIVRES, DESCALÇAS
COLHENDO FLORES, NA PRIMAVERA
SEM MENHUMA MAZELA...

FÁTIMA ABREU