TRECHOS INVOLUÍDOS DE POEMAS FUTURAMENTE ESQUECIDOS - II

Data 21/11/2011 21:59:01 | Tópico: Poemas

.
TRECHOS INVOLUÍDOS
DE POEMAS FUTURAMENTE ESQUECIDOS - II


I. A ARMA DISPARADA AO AR...

...E a poesia que me escapa
como uma bala.


II. AI, AI, AI

Versar às vezes dói
Feito um dedo enfiado
Na máquina de moer carne
(Dito e escrito, mais imagino,
e a dor aumenta)


III. MUSEU DE CERA

Das estátuas esculpidas em cera
A poesia que entranha
Às dobras daquela pele...
Eis, então, a realidade ferve,
Se encanta, se derrete,
Se move, se comove e se perde...


IV. SE EU MORRER?

Por ela fibrila, tardio
Um coração infartado
Na artéria da eternidade


V. MINHAS EXPRESSÕES LINGUÍSTICAS:
FIM-DE-LINHA


Def.:
Quando nem a loucura é mais possível.


VI. DITADO MODERNO DO BOM JAPONÊS

A vida, diante à duração da morte é como a luz d’ um flash.
Ao menos a gente saia bem na foto.


VII. MORTE EM VIDA


Pensar sobre a morte
Pode ser um exercício vivificante


VIII. DIZ-QUE-DIZ-QUE

Aos que dizem que meus escritos dizem nada:
e quando foi que eu disse
que eu queria dizer alguma coisa?


IX. CASA DE ESPELHOS


O futuro é tão ignoto
Quanto um espelho
Contra-imagem de outro


X. NEM TODA CARETA É FEIA

Fazia força descomunal para ser mau.
Traía-se pelo doce sorriso bem à esquina da boca...

Gê Muniz



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=206324