Tempo circunspecto, tempo da consciência temporal espaço de silêncio e de esforço, por dentro e fora do tempo, nos dedos do vento… Olho as pessoas em mim, sensíveis, amedrontadas, o medo primordial, que se espalha, o meu medo… Sensações que sinto, guardadas nas memórias do tempo onde me exilo no silêncio, cheio de ruídos e histórias…
O medo e a solidão, mesmo com intervalos de alacridade perante a veemência e a invenção de madrugadas da alma… Meu pensamento capricha-se em enovelar-se em derivas que roçam o onírico, o fantástico numa intensa comoção do sentido da vida…
Transparências aguadas, exílios transitórios duros enfrentamentos com a solidão sentimentos profundos e obscuros feitos de uma espera indecifrável da nossa fatal condição…
Abrindo as janelas, rasgando as veredas multidões de seres parecem vaguear entre refúgios breves e esperas inúteis…vazios num exílio de silêncio e de esforço e a noite chega cedo em mim cheia de espaços sombrios!