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Data 24/11/2011 09:45:54 | Tópico: Poemas

O mesmo do mesmo
O mesmo de sempre
O mesmo desmente
Ou consente o mesmo

Meta fisicamente andamos
Mesmíssima mente falamos
Gritamos, reivindicamos
O mesmo
Do mesmo

Mas os asnos estão surdos
O mesmo torna-nos mudos
O mesmo
De um país em falência
Paupérrima dependência
Do mesmo.

O trabalho de erguer
De surpreender
Singular feição de
Irrigar e correr com os burros
Onde está no mesmo
Do mesmo
Prós mesmos de sempre.

O mesmo marasmo de números vincados
No mesmo de eras, no mesmo as feras
E o povo a mesma fome que consome
Corrói as andanças destrói as lembranças
O mesmo que medra na merda vincado.

Antónia Ruivo

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