AS FRIAS MADRUGADAS

Data 24/11/2011 19:41:54 | Tópico: Poemas -> Introspecção



Nas manhãs frias, resguardo-me,
de meus pensamentos mais
sombrios, e busco, pelo douto
amor, as manhãs, de meus dias.

Doura o sol, de azuis imensos;
florescem as flores, nos
jardins, bem cuidados; enquanto
meus olhos, se dão ao

horizonte, paralelo ao grande rio,
que eu vejo de minha
janela, aberta, para o fora. Luz o
astro rei, em todo seu fulgor;

fazendo, com que uma esperança,
tardia, venha para ficar,
no cume, das árvores frondosas,
no bico dos pássaros.

Em busca de uma realidade, que
me seja plausível, deixo o
meu desassossego, a um canto,
e pelo cansaço, me venço.

Então cravo meus braços com setas,
e lanço uma corda de
músculos, de encontro ao focinho
da palavra, libertando-a,

de lápis inquisidores, restringindo-a.
E assim nascem meus versos,
já mais conscientes de mim e do que
me rodeia, sem pedir favores.

E erguendo meu punho (alto o
pendão), chamo a mim,
a responsabilidade, de meu saber,
que nos outros ponho.

Jorge Humberto
24/11/11



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