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 Doces fragrâncias, chegam até mim…pelo simples desabrochar,
 das primeiras flores, da manhã chegada;
 ainda o róscido, se mostra,
 
 nas imensas árvores, reféns do fulgor do sol.
 E a horizonte, a luz vai surgindo,
 em miríades de lindas cores, que se desenham
 nos meus olhos, embevecidos.
 
 De janela bem aberta, para o fora, o cheiro a
 terra é intenso, e eu aspiro,
 o ordinário odor, como se eu próprio, fosse
 parte da Mãe Natureza.
 
 Crianças saem à rua, naquela sua desenvoltura,
 a nós, tão característica;
 e passam gatos, por cima dos extensos muros,
 em movimentos felinos.
 
 A manhã, é agora, finalmente, desperta,
 cobrindo toda a paisagem,
 com a sua alva luz, infiltrando-se nos lances
 das escadas e das esquinas.
 
 Mais abaixo, o rio corre em todo o seu esplendor,
 trazendo em seu peito,
 barcos, que se vão perdendo, no encontro com
 o mar, de azuis profundos.
 
 E da linha de água, uma imensa massa escura,
 dirige-se para os campos,
 adjacentes aos prédios, da enorme cidade;
 e em asas de pássaros,
 
 poisa no imenso descampado, em busca de
 comida e de confraternização;
 enquanto o céu, se enche de estranhos bailados,
 e de melodias, graciosas.
 
 Jorge Humberto
 26/11/11
 
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