Quando escrevo, sou todo este mundo, e as pessoas, que nele habitam; neles sou o povo, que torno fecundo, como labaredas, que crepitam,
em nossos punhos cerrados, gritando, a plenos pulmões, pela liberdade – que os novos ditadores, nos vão roubando, impávidos e serenos, nossa vontade.
E a minha voz é uma corda de músculos, abrindo portas e consciências. Para que a todos, cheguem os crepúsculos, em todas as suas fulgências.
E em cada verso, de um saturado caminho, uma palavra se me agiganta, chamando a mim, quem caminha sozinho, fazendo uso de minha garganta.
Ao povo, sofrido, deixo-lhe o ensinamento, para que não se deixe usurpar; que pelo entendimento, vem o pensamento, que não se olvida, de lutar.
Pois que o povo esclarecido, não tem algoz, nem correntes, que a todos ofende; seremos pois como um rio, que corre para a foz, defendendo-se do mar, que o prende.
Jorge Humberto 30/11/11
|