Auto-retrato

Data 04/12/2011 03:39:56 | Tópico: Poemas

O filho do sofrimento
Passeia incólume,desliza suave
Pelo alvorecer que escorre
Amargo através da garganta.

Continuo sem a resposta,
Uma estrela atinge-me,
Sirenes partem noites desvairadas.
A fricção assombra a ferida mais tenra
Sangrando solitária.

Uma tempestade esbate-se contra vontade férrea
De luta e conquistas impossíveis.
Lívido,afasto-me em pesaroso silêncio
Mudez infantil.
A dor prossegue na luminosidade
Do auto-retrato nocturno.


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=207562