Esta minha vida, que à má sorte, foi dada, encontrou na poesia, o ânimo e a libertação, de tal desígnio, que no olvido, inerme se quedou.
Liberto, enfim, sou de toda a gente e de todo o mundo, aqui, onde sou mais eu, inteiro: e que ao narrar-se, máxima expressão, encontrou.
Então, conto-me em versos, que, à verdade, nada devem nem temem, pois que meu caminho, tem janelas abertas, a todos quantos, me lêem.
Da inócua solidão, me aparto, pois que, no escrever-me, sou nos outros, no que lhes dou e recebo, como gratidão, de quem se revê, na minha
poesia. Maior satisfação, jamais eu teria, se meus versos, não fossem eles, feitos de humildade, carinho e cuidados, àqueles, que tanto me prezam.
E eis que assim, me descubro poeta, de todo um povo, que, ao mundo, pertence – e enquanto, a mi me venço, sou também eu, quem na vida se excedeu.
Jorge Humberto 04/12/11
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