AGRADECIDO À VIDA

Data 05/12/2011 18:56:17 | Tópico: Poemas




Liberto de algozes e de vis correntes,
ao caminho, chamado vida,
me entreguei, com toda a força, de
quem, à vida, se quer dar.

Então construi jardins, de bem dizer,
onde pus as flores mais
belas, para que assim, só me vissem;
e onde era eu, a sós comigo,

deixei as ervas daninhas, enfim crescer.
Resquícios, do vil passado,
atreveram-se, mas cerces, pela raiz, os
cortei, para que não voltassem

a nascer. Então abri todas as portas e
janelas, fiz-me poeta,
e no me escrever, sou nos outros, o que
os outros, em mim deixam.

Jorge Humberto
05/12/11



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=207727