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Data 06/12/2011 10:05:29 | Tópico: Poemas

Os remendos nos meus pés
Sempre presentes
Deixam rasto afinal
Muitas vezes sou demente
Algumas nem bem nem mal
A maioria assim-assim
Tola por fim
Chego ao lamaçal

Coloco mais um remendo
Saltito, penso ser vento
E adormeço
De manhã quando acordo
Olho o espelho enfastiada
É meu amigo afinal
Sorri, vai lá lavar a cara
Porque a alma não precisa ser lavada

Antónia Ruivo


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