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 MÃOS CALEJADAS NA ARTE DE TRABALHAR A TERRAData 06/12/2011 15:16:26 | Tópico: Poemas -> Dedicatória
 
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 POEMA DEDICADO ÀS GENTES DO CAMPO
 
 Verdes e azulados na planície
 Onde o homem deixou a marca dos dedos
 a arte e o sonho vazio,
 sem que alguém visse,
 suas sombras e medos.
 
 Campos de verde pranto,
 de sonhos desfeitos e escombros,
 que a lua cobre com seu manto,
 tanto cansaço e pobreza sobre os ombros.
 
 Anda a solidão aí, p'lo ar
 carregada de cinza e tristeza,
 andam gentes consumidas
 na arte da terra trabalhar,
 com olhos vendados de incerteza.
 Pisam as ervas que sangram,
 levam vidas absortas,
 trazem liberdade na boca
 mas, as almas estão mortas,
 e a esperança? É coisa pouca!
 
 Levantam-se em pedaços
 desfeitos,
 pensamentos ausentes,
 conhecem a desventura... seus passos
 são agora espigas sem efeito,
 de searas  morrentes.
 A vida inferno ensurdecedor,
 brutal cansaço este viver
 morrendo á míngua de dor,
 a raiva em si  calada
 amarga...que o faz sofrer.
 
 Tudo suporta e lhe resta nada!
 Só a arte!
 Triste gente resignada.
 
 rosafogo
 natalia nuno
 
 
 
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