 
  
    	[Um Certo Infinito Azul do Céu]
    	Data 09/12/2011 01:40:28 | Tópico: Poemas
 
  |   Eu amo pela obrigação de amar, isto é: amo por não saber amar e por não me interessar pela resposta à pergunta que nem cheguei a fazer, e que, no entanto, não se cala... 
       Não me importo se eu morro,      Não me importo se tu morres,      Não me importo se ele morre,      Não me importo se morremos. [...E não me importo com o infinito azul do céu!]
  Só me importo com as coisas que eu posso controlar; por isto, não me importo que o outro nem se importe com o meu não importar... Refletindo mais: eu esqueci o significado desse verbo... ou eu nunca o soube!
  No desfiar das eras geológicas, ninguém conta, ninguém importa para a dimensão absurda do mistério de existir sem razão, sem por quê. 
  Algumas perguntas são perfurantes: visto assim, por que trepanar o crânio... para deixar escapar a alma, pitagoricamente presa ali, para aquele infinito azul do céu que em nada me importa?!
  Não; nada importa, nada; e muito menos importa uma informação que não se pode, ou se sabe usar...
  [E como sempre, eu disse, disse, disse... sem nada dizer — e nem isto importa!] _________________
  [Penas do Desterro, 26 de novembro de 2011]
 
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