DA LUTA QUE TRAVEI

Data 09/12/2011 18:32:25 | Tópico: Poemas -> Intervenção




Estendo uma corda de músculos
cravo meus braços com setas
dou-me à luta que não renega a sorte
de um fado marinheiro.

Nas esquinas e cantos mal-afamados
arremessei lanças certeiras
contra o focinho inquisidor da palavra
ao alto ergui meu pendão.

Ressurgido dos corpos amontoados
que jaziam inertes e pálidos
do ferro pungente travado nas veias
carne e nervos rasguei.

E expulsas as correntes e os algozes
libertos os braços e pernas
eis que me maquio em um novo sangue
meu propósito que se completa.

Jorge Humberto
09/12/11



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