GRITAREI ATÉ QUE A VOZ ME DOA

Data 10/12/2011 18:41:14 | Tópico: Poemas -> Intervenção



Minha voz, que não se deixa castrar,
deixo que o vento a leve,
até que poise, nas estames das flores,
ou no acre colo da solidão.

Pela brisa sempre se faz acompanhar,
levando um pouco de sua
solidez, aos que são mais necessitados,
e se deixam vencer pelo cansaço.

Ao mundo ela pertence e se agiganta,
quando se depara com a
iniquidade, que fere e mata, a dignidade
e toda a humanidade, que

é pertença devida, de todo o ser humano.
E eis não se cala, no propósito
de levar, a todos quantos se atemorizam,
a verdade, que lhes cabe.

E até que esta minha voz me doa, omissa
não será nem passiva,
pois que de peito aberto, bem alto há-de
gritar, por um mundo mais justo.

Jorge Humberto
10/12/11


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