Brindemos ao branco impreterível da morte

Data 13/12/2011 22:07:13 | Tópico: Poemas


O teu rosto é semelhante à dança da noite
Contorço-me como um aspirante aos passos
Embriagados de um lobo esfomeado
À procura da silhueta mórbida
Que desenhas no meu corpo descompassado

A noite é colossal na sua inquietante audácia
Onde o ruído se esconde na erecção
De um cangalheiro à espera que o último copo
Se desfaça numa corda junto ao pescoço

Brindemos ao branco impreterível da morte


Carlos Val



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