Noite de Trevas

Data 16/12/2011 21:06:59 | Tópico: Poemas

Espalha-se pela alcova aroma funesto,
Cheiro de sangue que a gangrena infestou,
Estou só e meu corpo treme de horror
Pelo odor da carnificina que a meu olfato empresto.

De repente as luzes se apagam e fico na escuridão,
Gato preto emite um ruído que vem do horizonte,
Lobos silvestres uivam sinistros no cume dos montes
E na madrugada tenebrosa mortalhas tentam seduzir meu coração.

De medo macabro a noite se arrepia,
Pálidos fantasmas são trazidos pela ventania
Que do cemitério fugiram pelos galhos dos arvoredos...

Percebo no deserto a astúcia do que se diz capeta,
Que me vampiriza macambúzio os miolos da cabeça
Para que os vermes sejam testemunhas singulares do meu enterro!



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