Goodnight Goodnight

Data 19/12/2011 11:14:42 | Tópico: Poemas

Escorro os dedos pela cara
Como quem quer adormecer
o que nasce, esbracejando à superfície.

Os olhos, esses, agora nadam
recreativamente em branco,
e na rugusidade quente da secretária,
e o contraste justo queima-me
as últimas mortalhas de resistência.

Há uma borra de café a pontuar
o existir tardio da folha,
e cinzas pela secretária,
pelo chão,
a ponta do meu nariz.
Preciso de mais um cigarro, por
esquecimento.


É necessária uma resolução
imediata.
Vou para casa.
Deixo uns parágrafos por herança.
A fonte deixou de escrever.


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