A um palmo do olhar

Data 30/10/2007 14:26:23 | Tópico: Poemas

Noctívagas palavras
põem-se dos dedos ao nariz
como pirâmide brava
em arabescos enferrujados
nas manhãs enfurecidas.

No centro explode a longínqua liberdade do olhar,
nas últimas pedras do amor.

Ofícios, planícies, a casa, filmagens azuláceas
junto ao poema, segregará a língua perecível de mais um dia,
a caminho da bruma dos corpos de tinta,
conchas em sangrentas orquídeas
e búzios de paixão.

Do outro lado da impressão de um vicio,
da minha janela,
há uma eterna e solitária vinha.



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