AMOR PLATÓNICO

Data 31/12/2011 12:09:44 | Tópico: Poemas

Todos os afectos são misteriosos!
Porque faíscam tão absolutos?
Porque se tornam tão urgentes?
Porque nascem? Porque morrem?
Sinto-me delirante e confusa,
Como borboleta nocturna
Rodopiando louca em círculos
Numa luz que se acendeu
E me deixou em desatino
Esgrimindo contra o acaso

O tempo parece esgotado
Sinto esse frio na pele
Nada foi além da sublimação…
Nem senti o peso do teu corpo
Nem o sabor da tua saliva
Foi como um filme emotivo
De sorrisos e lágrimas
Noites quentes em que te senti
Dentro de mim em ebulição
Rasgando-me a carne por dentro
Agitando meu sangue nas veias

Noites brancas de encontros
Com a lua reflectida no espaço do sonho
Escorrendo no suor do transcendente
Muito à margem da acção
Mas firme na força do pensamento!




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