
... d´enlevo e de fascínio
Data 30/10/2007 20:11:41 | Tópico: Poemas -> Surrealistas
| Da pedra e do ancoradouro liso, o limo verde penetra desumano um espaço assombrado d’enlevo e de fascínio.
Deslizam as coisas vãs, em pinturas pré-colombianas, quando, no restolho de planuras adormentadas, o Sol sem brilho ainda não jaz, … no tanto, no agora, no tanto faz.
Gladiador em caminho oferto rumo ao Palácio de Cristal, faminta a inanidade proclama a espada, o frio concreto, o gume do vil metal. Desbasta-se cansada na erva impura, ceifeira sem terra, mareante de um mar sem paz.
Imune à dor retumba no combate, se a madre terra acorda e sente ausência da semente e logo fita o vazio azul nas pupilas pontiagudas, de si, na vacuidade de ser gente!
Do absurdo da serra, no beijo ao homem bomba, o sangue ultrajado escorre-se na elevação da hora. Na sala, ao fundo, o relógio pendular ribomba e chora … Sublimes os lírios desavindos que o ar reúne.
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