Sem horizonte

Data 02/01/2012 00:50:39 | Tópico: Sonetos

À minha janela os sonhos voam distantes
Nas folhas de um livro sem horizonte,
Leio história de uma vida que tão rápida
Chega ao fim, nos adeus, em despedidas.

Quisera poder ter sentido no sangue
Vibrar alegrias que já foram perdidas.
Triste é o fim ausente de romance
Paixão que fora sempre comedida.

Perco páginas ao fim certo e senil
De poucas lembranças, sem vida
Do amor, sem marcas, nenhuma cicatriz,

Que me deixasse a sonhar, mordaz, meretriz
Cheia de beijos quentes, a sofrida
Nas páginas de um livro chora sem porvir.



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=210135