Soneto do avião

Data 02/01/2012 13:50:27 | Tópico: Sonetos

Tão refulgente por estes espaços,
Luminoso aerólito, avião,
Vai cruzando janelas e terraços
De um céu azul sem nuvem ou senão,

Pluma com toneladas de fio e aço
Que, leve, leva em si tanta vanglória,
Não há ninguém que o alcance, nenhum traço
Que o desvie de sua trajetória,

Senão quem inaugura a própria história
Rasgando os corações de conjunturas
Repletas de terror e sepulturas,

Ao som de uma feroz jaculatória,
Homem que encheu os céus de precipícios
E de horizontes sub-reptícios.


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