[das bonanças libertam-se as fúrias]

Data 05/01/2012 19:52:04 | Tópico: Poemas

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um sol estranho rasga algumas nuvens
destecendo-as em arco-íris,
e o vento,
acaricia as faces, ondeia os cabelos.
Da cor se fez escuridão,

da bonança libertam-se as fúrias,
todas as fúrias.
Quiseram-se as viagens longas,

como destinos antecipados,
desnudam-se as palavras em silêncios,
alguns os gritos,
o corpo submerge até às profundezas,
retiro de todas as revelias.
Rebeldes as ondas, desconhecem as amarras,

as correntes dos homens
que antes, se aprisionaram a um mastro,
a um pedaço de madeira,
que antes, se ajoelharam em piedade,
chorando da partida,
chorando naufrágios já conhecidos.
No areal deserto, uma mulher

olha o xaile negro desaparecer,
levado pela espuma das ondas,
as margaridas boiam sem rota,
cada vez mais longe, mais longe,
as saudades querem-se dolorosas.
E o sol,

destece todas as nuvens.








das viagens

O Transversal
“La Folie, Lydia the Tattooed Lady, dos irmãos Marx,... das viagens, das estações do ano, das partidas e de alguns regressos...



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