
NORDESTE DEPENDENTE
Data 10/01/2012 12:09:04 | Tópico: Poemas -> Crítica
| O sertão relegado por verdugos, Pois lhes serve de massa de manobra, Tiram-lhe muito e pouca coisa sobra Para quem do labor vive mormente. Os “espertos” têm ganhos facilmente Pra conforto dos seus muitos prazeres, Sobejando pra os pobres quefazeres Na labuta que engorda os poderosos, Verdadeiros chacais gananciosos Que mantêm ferozmente seus poderes.
Um sertão que prossegue dependente De “favores” que vêm por caridade, Forma de prostrar por necessidade A quem pouco precisa pra viver Nesta vida, sem nada maldizer Do direito que lhe é relegado. Sertanejo tá sempre aprisionado A caudilhos que o tratam de demente, Pois desejam mantê-lo como carente Para alfim sempre tê-lo subjugado.
Se o sertão fosse por certo cuidado Não teria desânimo, aflição, Sertanejo deixando o amado chão, Onde foi pela mãe e pai criado. Não teria um sertão penalizado Com criança em estado deprimente, Deplorável futuro no presente Pra deleite de muitos poderosos, Desumanos, verdugos, mentirosos, “Coronéis” d´um nordeste dependente.
Não teria panela seca, pobre Implorando “favores” sem direito, “Coronéis” o tratando sem respeito, Porque têm na algibeira muito cobre. Não revelam o que o juízo encobre Ao enganar quem trabalha e é decente, Sertanejo será “sempre indigente” Pra deleite da classe inoperante, Senhoril de gravata e dominante, Num sertão que não é independente.
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