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 Sente menteData 13/01/2012 16:20:41 | Tópico: Poemas
 
 |  | É claro que às vezes penso como em um raio ou ímpeto de uma certeza
 absoluta,
 que a vida vale, está certa, é real
 e plena.
 E sinto um acanhamento avesso
 de relatar quais são os às vezes e as cruzes deles.
 É como se o que me parece ser revelado pela luz da cor que brilha ali
 é simples em demasia para emoldurar tanta grandeza,
 não cabe em si. Não caibo em mim.
 E acabo perdendo entre os dedos, de mãos prostradas
 num vácuo de entre o corpo,
 o fogo fátuo evanescente da luz de outrora.
 Já é outra a hora, outro o brilho, outro o gosto.
 Sobra ressaibo e ranço:
 consequência nefasta desta de racionalizar sensações.
 O pensar, faca de mil gumes,
 aprendes a usá-lo em escala apropriada.
 Mais vale sentir,
 é certo, real e pleno.
 
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