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Data 20/01/2012 09:24:13 | Tópico: Sonetos
| As asas do vento transportam a melancolia Das gotas de orvalho de um Inverno distante Transportam os passos de um cavaleiro andante O grito taciturno que no tempo jazia
Chegou de rompante numa manhã gritante Choraram as almas e as barrigas vazias Até as crianças choraram com fome, frívolas São hoje as certezas de uma terra errante
Meu Portugal que se passa contigo Que se passa afinal na mente de um povo Fechou uma janela não abriu um postigo
Ai meu país triste sina a tua, nada de novo Te encontro nesta era tudo é idêntico A tempos remotos, barriga vazia e sapato roto
Antonia Ruivo
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